segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Sozinho no inverno









Com um terno de linho
num inverno de vinho
eu hiberno no ninho

Me alinho em meu leito
e sozinho lamento
o espinho no peito

Deito e me calo
Espreito o estalo
do graveto lançado
na lareira da sala

Meus olhos espelham
a fogueira, as fagulhas
que clareiam o sofá,
o raque, o vaso com flores

Uma silhueta sinuosa
pintada na parede
dança e hipnotiza
Vagarosa se despede

Sem tê-la em meus braços
os olhos vão fechando...
Buscando teu doce beijo
no vilarejo dos meus sonhos

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