segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Amarelo, azul e cinza













A areia escoava dos meus dedos e minhas mãos em forma de ampulheta deixaram os grãos se misturarem com o chão da praia. Assim partiste sem dizer se voltarias um dia.

A sereia levou os seus medos para o fundo do mar azulado, e faceira lavou as lembranças sobre os corais vermelhos, desbotando as cores do passado. Não chove mais em minha praia. Nem sinto mais o cheiro de terra molhada. Por onde andas menina? Caminhei em tantas orlas, buscando vestígios no reflexo das ondas, molhando meus pés... E hoje escrevo com eles bem aqui nesta imensidão, "E.T.A" gigantes!

Se estiveres noutro mundo, talvez possas enxergar. Mas vem logo, antes que a maré suba demais, cobrindo minha esperança. Se eu partir mais cedo, não te preocupes. Fragmentado em várias garrafas, hei de encontrar-te em outras areias. Amarelo, azul e cinza...

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