segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O calor das boas almas













Ser sensível
Sobre uma razão pueril

Perdoando os que violam
A si mesmos
E que ferem ou matam
Sob superficial poderio

São estes que partem
E se veem num lugar ermo
Onde os mortais
Ainda desconhecem

Passagem ausente
Em qualquer salmo
Mas que congela
O pensamento frio

Nada melhor
Do que o calor
Das boas almas

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Profecia concreta










No calor desses verões
As nuvens sempre têm dito
Sobre a ira dos trovões

Que esbravejam sobre o concreto
Despejam a chuva sobre quarteirões

Lavando tudo o que é incerto
Levando os homens e seus cartões

Misturando branco com preto
Enterrando-os em seus porões

O homem e o emprego certo
A natureza e suas razões...

Cadafalso pelóleo













Quem irá
Ser contra
O Iraque
Agora? Al Gore?

Será que
A ira que
Disputa terras
Tem dois lados?

Extrai o
Preto do
Tutano do
Osso
Fosse
Isto
Posto

Se não
Fosse
Gente de
Posse de
Foice
Transparente

Um passo
Cada falso
Num cadafalso,
Mas só
d
e
s
p
e
n
c
a

O bigode
Preto
Oleoso

Saldam uns cem
Morto(s)!

Mas e o
Bucho do
Bush?

Intacto!
Como seu
Cabelo...

Então descanso













Quem me chama é a vela
Que revela o macio da trama
Às mãos que degustam a seda
Greda meu corpo reclama

A razão eclode
Queixo-me
Desculpo-me
Deixo-me
Esculpo-me
A tensão erode

O livro boceja bem manso
Esparrama letras pela cama
Viro, cedo pro descanso
Logo cedo o galo brama

E a história continua...