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segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Bendita saudade
Sentí-la como éter na pele
É ter um segundo tão breve
Do teu frescor tão ardente
Evaporando de mim
Teu cheiro jaz enfim
E teu calor se faz ausente
Sem ti, lá no fundo, me fere.
Iracundo mais nada me serve
E outro sabor me ressente
Perdendo o caminho de volta
Me abrigo numa colina
Mas continuo errante
Sem ti, nem sentido faz
Nem tenho tido paz
Em minha alma carente
E sozinho anda agitado
Esse meu coração flagelado.
Bendita saudade cortante!
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