quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Meu canto













Meu canto
É um abrigo

De solfejos, palavras
Desejos, anseios
Reflexões e verdades
Bem ditas!

É um paiol
Que explode feito
Bomba-relógio
No peito

Quando a alma,
Pura pólvora
Inflama e evapora
Pela boca, em música

Então eu canto
A particulada magia-neon
Que desbrava ouvidos
E se aloja noutras almas

tic... tic... tic...

O tempo
Volta a falar
Gaguejando

E teimoso
Continua
Contando
Comigo

Refém
De atentados
Do bem

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