terça-feira, 19 de outubro de 2010

Eupífio, o poeta













Sou poeta de tigela cheia.
Só me alimento de versos
De sentimentos diversos
Quando a Lua me clareia.

Alma condensada no vidro
Da janela da varanda
Sou orvalho odor-lavanda
Quando escorro pelo cedro.

Moinho de águas doces
Transmutadas em puro vinho
Que embriagam o caminho
De vorazes peixes ésoces.

Sou morada das sementes.
No meu peito um jardim.
Sou um anjo sem clarim,
Mas serei pasquim se mentes.

Sou bangalô da selva!
A relva na ribanceira!
O balanço da cadeira!

E nos sinos de madeira
O vento que traz a chuva...

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