terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Caipirando










O cheiro de celeiro
Na beira da cachoeira
Um tronco de madeira

Guaranás fitando o ribeiro
Seiva do verde na leiva
A terra dá sede e cativa

Flores ninfas do céu
Exalam de pernas abertas
Cores filhas de estrelas

Pingo de chuva no rosto
A tarde que vira saudade
Domingo revela a idade

O fácil do ócio no encosto
O Sol se põe com leveza
Acena num tom de tristeza

No fim faço o que posso
Rezo com pose de bom moço

Preciso de tudo isso
E mais um poço

Lagos, cavalos, galos
Regalos em gargalos...

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